quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Apanhado a ler ...

A poucos dias do início da Semana da Leitura 2012, que tem como temas a Banda Desenhada, o Cartoon e a Ilustração, ontem à tarde, este aluno foi apanhado a ler ...


sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

O registo 6000

Pois é! Ontem foi um dia interessante. A Assistente Operacional Ângela Araújo, catalogou o documento número 6000 ... são muitos documentos! As imagens ficam a assinalar este facto ...


Diferentes fases do processo de catalogação do "Os Tratados da Água de Leonardo Da Vinci", de Orlindo Gouveia Ferreira


quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

José Afonso, Autor do mês de fevereiro [ 6 ]

No dia em que se assinalam 25 anos sobre a morte do cantor Zeca Afonso, uma breve biografia, retirada do sítio Associação José Afonso:

" José Manuel Cerqueira Afonso dos Santos nasceu a 2 de Agosto de 1929, em Aveiro, filho de José Nepomuceno Afonso, juiz, e de Maria das Dores Dantas Cerqueira, professora primária.
Em 1930 os pais foram para Angola, onde o pai tinha sido colocado como delegado do Procurador da República em Silva Porto. José Afonso permanece em Aveiro, na casa da Fonte das Cinco Bicas, por razões de saúde, confiado à tia Gegé e ao tio Xico, um «republicano anticlerical e anti-sidonista».
Por insistência da mãe, em 1933 Zeca segue para Angola, com três anos e meio, no vapor Mouzinho, acompanhado por um tio advogado em lua-de-mel. Um missionário é a companhia de José Afonso que permanece três anos em Angola, onde inicia os estudos da instrução primária.
Em 1936 regressa a Aveiro, para casa de umas tias pelo lado materno.
Parte em 1937 para Moçambique ao encontro dos pais, com quem vive juntamente com os irmãos João e Mariazinha.
Regressa a Portugal, em 1938, desta vez para casa do tio Filomeno, presidente da Câmara Municipal de Belmonte. Aqui conclui a quarta classe. O tio, salazarista convicto, fá-lo envergar a farda da Mocidade Portuguesa.
Vai para Coimbra em 1940 para prosseguir os estudos. É matriculado no Liceu D. João III e instala-se em casa da tia Avrilete, tia paterna que vivia à Av. Dias da Silva, actual nº112. No liceu conhece António Portugal e Luiz Goes. A família parte de Moçambique para Timor, onde o pai vai exercer as funções de juiz. Mariazinha vai com eles, enquanto seu irmão João vem para Portugal. Com a ocupação de Timor pelos Japoneses, José Afonso fica sem notícias dos pais durante três anos, até ao final da II Guerra Mundial, em 1945.
Nesse mesmo ano começa a cantar serenatas como «bicho», designação da praxe de Coimbra para os estudantes liceais (José Afonso andava no 5.º ano do liceu). Era conhecido como «bicho-cantor», o que lhe permitia não ser «rapado» pelas «trupes». Vida de boémia e fados tradicionais de Coimbra.
De 1946 a 1948 completa o curso dos liceus, após dois chumbos. Conhece Maria Amália de Oliveira, uma costureira de origem humilde, com quem vem a casar em segredo, por oposição dos pais. Faz viagens com o Orfeão e com a Tuna Académica. Joga futebol na Associação Académica de Coimbra.
Em 1949, dispensado do exame de aptidão à Universidade, inscreve-se no primeiro ano do curso de Ciências Histórico-Filosóficas da Faculdade de Letras. Vai a Angola e Moçambique integrado numa comitiva do Orfeão Académico da Universidade de Coimbra.
Em Janeiro de 1953 nasce-lhe o primeiro filho, José Manuel. Dá explicações e faz revisão no Diário de Coimbra. São editados os seus primeiros discos. Trata-se de dois discos de 78 rotações com fados de Coimbra, editados pela Alvorada, dos quais não existem hoje exemplares. Os dois discos foram gravados no Emissor Regional de Coimbra da Emissora Nacional.
De 1953 a 1955 cumpre, em Mafra, serviço militar obrigatório. Foi mobilizado para Macau, mas livrou-se por motivos de saúde. Depois é colocado num quartel em Coimbra. Tem grandes dificuldades económicas para sustentar a família, como refere em carta enviada aos pais em Moçambique. A crise conjugal é muito sentida. Após o serviço militar, já com dois filhos, José Manuel e Helena (nascida em 1954), conclui em 1963 o curso na Faculdade de Letras de Coimbra com 11 valores com uma tese sobre Jean-Paul Sartre: «Implicações substancialistas na filosofia sartriana».
Vai dar aulas num colégio privado em Mangualde de 6 de Janeiro a 30 de Setembro de 1957. Passa a, então, à cndição de estudante voluntário da Universidade, inod com frequência a Coimbra, não só para fazer exames na Faculdade de Letras, mas por continuar a ser bastante solicitado para cantar em serenatas, espectáculos e digressões dos organismos autónomos. Inicia-se o processo de separação e posterior divórcio de Amália (1 de Junho de 1963). José Afonso manterá uma névoa de silêncio em redor desta sua experiência conjugal.
Em 1956 é editado o seu primeiro EP, intitulado Fados de Coimbra. De 28 de Outubro de 1957 a 22 de Julho de 1958 foi professor provisório nas Escola Industrial e Comercial de Lagos.
Por dificuldades económicas, em 1958 envia os dois filhos para Moçambique, para junto dos avós. Neste ano fica impressionado com a campanha eleitoral de Humberto Delgado. Digressão de um mês em Angola da Tuna Académica. José Afonso é o vocalista do Conjunto Ligeiro. «Actuámos vestidos com umas largas blusas de cetim, cada uma de sua cor, imitando a orquestra de “mambos” de Perez Prado, o máximo da altura», conta José Niza.
A 4 de Dezembro de 1957, José Afonso actua em Paris, no Teatro “Champs Elysées” ao lado de Fernado Rolim, voz, António Portugal e David Leandro nas guitarras de Coimbra e Sousa Rafael e Levy Baptista nas violas.
De 7 de Outubro de 1958 a 18 de Julho de 1959 é professor provisório nas Escola Industrial e Comercial de Faro.
Em 1959 começa a frequentar colectividades e a cantar regularmente em meios populares.
Nos inícios do ano lectivo de 1959/60 é colocado por 10 dias num colégio em Aljustrel, transitando depois para a Escola Técnica de Alcobaça onde é professor provisório entre 3 de Outubro de 1959 e 30 de Julho de 1960.
Em 1960 é editado o quarto disco de José Afonso. Trata-se de um EP para a Rapsódia, intitulado Balada do Outono.
Em Agosto faz nova digressão com o orfeão Académico de Coimbra a Angola. Ainda em 1960 desloca-se a Paris e Genebra, onde grava com Fernado Rolim, voz, António Portugal e David Leandro nas guitarras de Coimbra e Sousa Rafael e Levy Baptista nas violas, onde naquela cidade helvética grava uma serenata para a Eurovisão.
De 1961 a 1962 segue atentamente a crise estudantil deste último ano. Convive em Faro com Luiza Neto Jorge, António Barahona, António Ramos Rosa e Pité e namora com Zélia, natural da Fuzeta, que será a sua segunda mulher.
Em 1962 é editado o álbum Coimbra Orfeon of Portugal, pela Monitor, dos Estados Unidos, com «Minha Mãe» e «Balada Aleixo», onde José Afonso rompe definitivamente com o acompanhamento das guitarras. Nestas duas baladas é acompanhado exclusivamente à viola por José Niza e Durval Moreirinhas.
Realiza digressões pela Suíça e Alemanha onde gravam para a televisão e Suécia onde actua na Gala dos Reais Clubes Suecos, integrado num grupo de fados e guitarras, na companhia de Adriano Correia de Oliveira, José Niza, Jorge Godinho, Durval Moreirinhas e ainda da fadista lisboeta Esmeralda Amoedo.
Em 1963 é editado outro EP de Baladas de Coimbra. Volta a ser professor provisório nas mesma escola em Faro, de 19 de Outubro de 1962 a 31 de Julho de 1963.
Em Maio de 1964, José Afonso actua na Sociedade Musical Fraternidade Operária Grandolense, onde se inspira para fazer a canção «Grândola, Vila Morena», que viria a ser no dia 25 de Abril de 1974 a senha do Movimento das Forças Armadas (MFA) para o derrube do regime ditatorial.
Nesse mesmo ano é editado o EP Cantares de José Afonso, o único para a Valentim de Carvalho.
Também em 1964 é editado, pela Ofir, o álbum Baladas e Canções, que virá a ser reeditado em CD pela EMI em 1996.
De 1964 a 1967, José Afonso encontra-se em Lourenço Marques com Zélia, onde reencontra os seus dois filho. Nos últimos dois anos, dá aulas na Beira. Aqui musicou Brecht na peça A Excepção e a Regra. Em Moçambique nasce a sua filha Joana (1965).
Em 1967 regressa a Lisboa esgotado pelo sistema colonial. Deixa o filho mais velho, José Manuel, confiado aos avós em Moçambique. Colocado como professor em Setúbal, sofre uma grave crise de saúde que o leva a ser internado durante 20 dias na Casa de Saúde de Belas. Quando sai da clínica, tinha sido expulso do ensino oficial. É publicado o livro Cantares de José Afonso, pela Nova Realidade. O PCP convida-o a aderir ao partido, mas José Afonso recusa invocando a sua condição de classe. Assina contrato discográfico com a Orfeu, para quem grava mais de 70 por cento da sua obra.
Expulso do ensino, em 1968 dedica-se a dar explicações e a cantar com mais assiduidade nas colectividades da Margem Sul, onde é nítida a influência do PCP. Pelo Natal, edita o álbum Cantares do Andarilho, com Rui Pato, primeiro disco para a Orfeu. O contrato é sui generis: contra o pagamento de uma mensalidade (15 contos), José Afonso é obrigado a gravar um álbum por ano.
Em 1969 a Primavera marcelista abre perspectivas de organização ao movimento sindical. José Afonso participa activamente neste movimento, assim como nas acções dos estudantes em Coimbra. Edita o álbum Contos Velhos Rumos Novos e o single «Menina, dos Olhos Tristes» que contém a canção popular «Canta Camarada». Recebe o prémio da Casa da Imprensa para o melhor disco, distinção que repete em 1970 e 1971. Pela primeira vez num disco de José Afonso, aparecem outros instrumentos que não a viola ou a guitarra. Trata-se do último álbum com Rui Pato. Nasce o último filho, o quarto, Pedro.
Em 1970 é editado o álbum Traz Outro Amigo Também, gravado em Londres, nos estúdios da Pye, o primeiro sem Rui Pato, impedido pela PIDE de viajar. Carlos Correia (Bóris), antigo músico de rock, dos Álamos e do Conjunto Universitário Hi-Fi, substitui Pato. A 21 de Março, por unanimidade, a Casa de Imprensa atribui a José Afonso o Prémio de Honra pela «alta qualidade da sua obra artística como autor e intérprete e pela decisiva influência que exerce em todo o movimento de renovação da música ligeira portuguesa». Participa em Cuba num Festival Internacional de Música Popular.
Pelo Natal de 1971, é lançado o álbum Cantigas do Maio, gravado perto de Paris, nos estúdios de Herouville, um dos mais caros e afamados da Europa. O álbum é geralmente considerado o melhor disco de José Afonso. A editora Nova Realidade publica o livro Cantar de Novo.
No ano de 1972 o álbum chama-se Eu Vou Ser Como a Toupeira, gravado em Madrid, nos Estúdios Cellada, com a participação de Benedicto, um cantor galego amigo de Zeca, e com o apoio dos Aguaviva, de Manolo Diaz. O livro, editado pela Paisagem, tem apenas o título de José Afonso.
Em 1973 José Afonso continua a sua «peregrinação», cantando um pouco em todo o lado. Muitas sessões foram proibidas pela PIDE/DGS. Em Abril é preso e fica 20 dias em Caxias até finais de Maio. Na prisão política, escreve o poema «Era Um Redondo Vocábulo». Pelo Natal, publica o álbum Venham Mais Cinco, gravado em Paris, em que José Mário Branco volta a colaborar musicalmente. No tema-título, participa Janine de Waleyne, solista dos Swingle Singers, o melhor grupo vocal de jazz cantado da altura, na opinião de José Niza.
A 29 de Março de 1974, o Coliseu, em Lisboa, enche-se para ouvir José Afonso, Adriano Correia de Oliveira, José Jorge Letria, Manuel Freire, José Barata Moura, Fernando Tordo e outros, que terminam a sessão com «Grândola, Vila Morena». Militares do MFA estão entre a assistência e escolhem «Grândola» para senha da Revolução. Um mês depois dá-se o 25 de Abril. No dia do espectáculo, a censura avisara a Casa de Imprensa, organizadora do evento, de que eram proibidas as representações de «Venham Mais Cinco», «Menina dos Olhos Tristes», «A Morte Saiu à Rua» e «Gastão Era Perfeito». Curiosamente, a «Grândola» era autorizada. É editado o álbum Coro dos Tribunais, gravado em Londres, novamente na Pye, com arranjos e direcção musical, pela primeira vez, de Fausto. São incluídas as canções brechtianas compostas em Moçambique no período entre 1964 e 1967, «Coro dos Tribunais» e «Eu Marchava de Dia e de Noite (Canta o Comerciante)».
De 1974 a 1975 envolve-se directamento nos movimentos populares. O PREC (Processo Revolucionário Em Curso) é a sua paixão. Cantou no dia 11 de Março de 1975 no RALIS para os soldados. Estabelece uma colaboração estreita com o movimento revolucionário LUAR, através do seu amigo Camilo Mortágua, dirigente da organização. A LUAR edita o single «Viva o Poder Popular» com «Foi na Cidade do Sado» no lado B. Em Itália, as organizações revolucionárias Lotta Continua, Il Manifesto e Vanguardia Operaria editam o álbum República, gravado em Roma a 30 de Setembro e 1 de Outubro, nos estúdios das Santini Edizioni. As receitas do disco destinavam-se a apoiar a Comissão de Trabalhadores do jornal República ou, caso o jornal fosse extinto, como foi, o Secretariado Provisório das Cooperativas Agrícolas de Alcoentre. Desconhecido em Portugal, o álbum inclui «Para Não Dizer Que Não Falei de Flores» (Geraldo Vandré), «Se os Teus Olhos se Vendessem», «Foi no Sábado Passado», «Canta Camarada», «Eu Hei-de Ir Colher Macela», «O Pão Que Sobra à Riqueza», «Os Vampiros», «Senhora do Almortão», «Letra para Um Hino» e «Ladainha do Arcebispo». Francisco Fanhais colaborou na gravação do disco, juntamente com músicos italianos.
Em 1976 apoia a candidatura presidencial de Otelo Saraiva de Carvalho, cérebro do 25 de Abril e ex-comandante do COPCON (Comando Operacional do Continente), apoio que reedita em 1980. Fase cronista de José Afonso, que publica o álbum Com as Minhas Tamanquinhas. O disco tem a surpreendente participação de Quim Barreiros. É, na opinião de José Niza, «um disco de combate e de denúncia, um grito de alma, um murro na mesa, sincero e exaltado, talvez exagerado se ouvido e lido ao fim de 20 anos, isto é, hoje». É a «ressaca» do PREC.
O álbum Enquanto Há Força, editado em 1978, de novo com Fausto, representa mais um exemplo da fase cronista do cantor, ligada às suas preocupações anti-colonistas e anti-imperialistas e à sua crítica mordaz à Igreja. Inclui as participações, entre outras, de Guilherme Inês, Carlos Zíngaro, Pedro Caldeira Cabral, Rão Kyao, Luís Duarte, Adriano Correia de Oliveira e Sérgio Godinho.
Em 1979 é editado o álbum Fura Fura, com a colaboração musical de Júlio Pereira e dos Trovante. O disco inclui oito temas de música para teatro, compostos para as peças Zé do Telhado, de A Barraca, e Guerra do Alecrim e Manjerona, da Comuna. Actua em Bruxelas no Festival da Contra-Eurovisão.
Em 1981, após dois anos de silêncio, regressa a Coimbra com o seu álbum Fados de Coimbra e Outras Canções. Trata-se da mais bela versão do fado de Coimbra, interpretada por Zeca Afonso em homenagem a seu pai e a Edmundo Bettencourt, a quem o disco é dedicado. Actua em Paris, no Théatre de la Ville.
Em 1982 começam a conhecer-se os primeiros sintomas da doença do cantor, uma esclerose lateral amiotrófica. Trata-se, aparentemente, de um vírus instalado na espinal medula que, de uma forma progressiva, destrói o tecido muscular e, normalmente, conduz à morte por asfixia. Actua em Brouges no Festival de Printemps.
Em 29 de Janeiro de 1983 realiza-se o espectáculo no Coliseu com José Afonso já em dificuldades. Participam Octávio Sérgio, António Sérgio, Lopes de Almeida, Durval Moreirinhas, Rui Pato, Fausto, Júlio Pereira, Guilherme Inês, Rui Castro, Rui Júnior, Sérgio Mestre e Janita Salomé. É publicado o duplo álbum Ao Vivo no Coliseu.
No Natal desse ano, sai Como Se Fora Seu Filho, um testamento político. Colaboração de Júlio Pereira, Janita Salomé, Fausto e José Mário Branco. Alinhamento: «Papuça», «Utopia», «A Nau de António Faria», «Canção da Paciência», «O País Vai de Carrinho», «Canarinho», «Eu Dizia», «Canção do Medo», «Verdade e Mentira» e «Altos Altentes». Algumas das canções foram escritas para a peça Fernão Mentes? do grupo de teatro A Barraca. Publicado o livro Textos e Canções, com a chancela Assírio e Alvim. Contra a sua vontade, é publicado pelo Foto Sonoro um maxi-single, Zeca em Coimbra, com um espectáculo dado por Zeca no Jardim da Sereia, na Lusa Atenas, a 27 de Maio. A cidade de Coimbra atribui a José Afonso a Medalha de Ouro da cidade. «Obrigado Zeca, volta sempre, a casa é tua», disse-lhe o presidente da Câmara, Mendes Silva. «Não quero converter-me numa instituição, embora me sinta muito comovido e grato pela homenagem», respondeu José Afonso. O Presidente da República, general Ramalho Eanes, atribui a José Afonso a Ordem da Liberdade, mas o cantor recusa-se a preencher o formulário. Em 1994, o Presidente da República Mário Soares tentou de novo condecorar, postumamente, José Afonso com a Ordem da Liberdade, mas a mulher, Zélia, recusou, alegando que se José Afonso não desejou a distinção em vida, também não seria após a sua morte que seria condecorado.
Em 1983 José Afonso é reintegrado no ensino oficial, tendo sido destacado para dar aulas de História e de Português na Escola Preparatória de Azeitão. Tinha sido expulso em 1968. A doença, agrava-se.
Em 1985 é editado o último álbum, Galinhas do Mato. José Afonso já não consegue cantar todos os temas, sendo substituído por Luís Represas («Agora»), Helena Vieira («Tu Gitana», Janita Salomé («Moda do Entrudo», «Tarkovsky» e «Alegria da Criação»), José Mário Branco («Década de Salomé», em dueto com Zeca), Né Ladeiras («Benditos») e Catarina e Marta Salomé («Galinhas do Mato»). Arranjos musicais de Júlio Pereira e Fausto. Outras canções do álbum: «Escandinávia Bar-Fuzeta» e «À Proa».
Em 1986 apoia a candidatura presidencial de Maria de Lourdes Pintassilgo, católica progressista.
José Afonso morreu no dia 23 de Fevereiro de 1987, no Hospital de Setúbal, às 3 horas da madrugada, vítima de esclerose lateral amiotrófica, diagnosticada em 1982. O funeral realizou-se no dia seguinte, com mais de 30 mil pessoas, da Escola Secundária de S. Julião para o cemitério da Senhora da Piedade, em Setúbal, onde a urna foi depositada às 17h30 na sepultura 1606 do quadro 19. O funeral demorou duas horas a percorrer 1300 metros. Envolvida por um pano vermelho sem qualquer símbolo, como pedira, a urna foi transportada, entre outros, por Sérgio Godinho, Júlio Pereira, José Mário Branco, Luís Cília, Francisco Fanhais. A Transmédia editou o triplo álbum, o primeiro da história discográfica portuguesa, Agora e Sempre, duas semanas depois da morte do cantor. O triplo disco é constituído pelos álbuns Como Se Fora Seu Filho (1983) e Galinhas do Mato (1985) e por um alinhamento diferente de Ao Vivo no Coliseu (1983). A 18 de Novembro é criada a Associação José Afonso com o objectivo de ajudar a realizar as ideias do compositor e intérprete no campo das Artes."


Associação José Afonso. [on line]. [Disponível em http://http://www.aja.pt/]
Acedido em 22 fev. 2012.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

José Afonso, autor do mês de fevereiro [ 5 ]

A propósito do Autor do Mês, algumas professoras de Português dos Cursos Profissionais, nomeadamente as professoras Paula Machado e Sónia Martins, teem vindo à Biblioteca Escolar Madalena Sotto, com as suas turmas para fazer trabalho de "investigação" sobre o Autor.

Hoje foi um desses dias. As imagens documentam-no ...

Alunos dos Cursos Profissionais em pleno trabalho de "investigação"


Semana da Leitura 2012 [ 2 ]


quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Os i-PAD's estão a ser usados

Ao longo do dia de hoje foram várias as alunas que requisitaram, no balcão da BEMS, i-PAD's para trabalhar. As imagens demonstram-no ...

 
Durante a manhã, duas alunas do 10.º ano de escolaridade que ficaram na Escola porque não foram à Visita de Estudo, estiveram a estudar Biologia e Geologia e usaram um i-PAD para aceder à internet e efetuar as suas pesquisas ...
 
Durante a tarde, alunas do 12.º ano, estiveram a visualizar vídeos feitos de manhã pelo professor Armindo Miguel Pinheiro, durante a aula de Educação Física.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Hoje é dia de S. Valentim

Hoje é dia de S. Valentim. Inicialmente celebrado nos países anglo-saxónicos, a globalização levou a que hoje, tenha uma celebração à escala planetária.

Na Biblioteca Escolar Madalena Sotto, a celebração da data está a ser feita com uma pequena exposição. Na sequência do concurso de Cartas de Amor promovido durante o mês de janeiro, e após a deliberação do júri, as cartas estão expostas para que toda a comunidade educativa as possa apreciar.


sábado, 11 de fevereiro de 2012

José Afonso, autor do mês de fevereiro [ 4 ]

Esta manhã, vi um anúncio na RTP 1 a informar que no próximo dia 23 de fevereiro, dia em que ce celebram 25 anos sobre o seu desaparecimento físico, a RTP vai voltar a emitir o programa de homenagem a Zeca Afonso. 

Uma breve busca no YOUTUBE, permitiu encontrar o referido programa, repartido por três documentos ...

Episódio 1



Episódio 2



Episódio 3


quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Comunidade de Leitores [ 2 ]

Como estava anunciado, teve lugar esta tarde, a segunda sessão da Comunidade de Leitores, promovida pelo Clube da Biblioteca.

O mote para a sessão foi dado pelo Autor do Mês, Zeca Afonso, e por um dos temas cantado por ele: "Traz Outro Amigo Também". Esse mote, levou a que na sessão estivessem alunos por nós convidados. Foi assim que o Daniel Moreira , a Márcia Ribeiro, o Pedro Sousa e a Raquel Bonifácio (do 9.º B), a Marylin Vitória (do 10.º F) e o Diogo Rosa (do Curso EFA Escolar 11.12) se juntaram a nós (Cidália, Mariela, Esmeralda, Casimira, Norberto, Maria João Baldaia, Paula Machado, Filomena Mendes e eu próprio), para se falar de Música, Músicos, Livros e ao mesmo tempo Cantar, Tocar e Declamar.
Foi, mais uma vez, um fim de tarde, muito interessante e cheio de cumplicidades ...


 
 
 
 
 
 

Ex-alunos da Soares Basto na Biblioteca

Ontem à tarde vários ex-alunos estiveram na Biblioteca Escolar Madalena Sotto a trabalhar (ou a estudar)... as imagens documentam! ...


Formação sobre utilização dos i-PAD's

No âmbito do projeto Digileitur@s, decorreu ontem, na Biblioteca uma sessão de formação de curta duração sobre a utilização dos i-PAD's.

Estiveram presentes elementos da Equipa e do Clube da Biblioteca, para além de outras professoras interessadas.

O Luís Veloso, um dos intervenientes na sessão
O professor bibliotecário (José Rosa) a explicar algumas das características do i-PAD
Mais um aspeto dos formadores ...

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Concurso de Cartas de Amor

Eis os resultados do Concurso de Cartas de Amor ...


José Afonso, autor do mês de fevereiro [3]

Esta manhã, os alunos da turma J do 10.º ano (Curso Profissional Técnico de Eletrónica, Automação e  Comando) estiveram na Biblioteca Escolar Madalena Sotto, acompanhados da professora de Português, Sónia Martins, para realizar uma tarefa (um trabalho em grupo) sobre  Zeca Afonso.

Aos alunos, a professora, forneceu um guião para um trabalho em grupo e eles aproveitaram para fazer pesquisas no material que está exposto ...

Vários aspetos da sessão de trabalho que decorreu na biblioteca

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Nos sessenta anos da morte de Sebastião da Gama

Imagem da capa da primeira obra do autor
Passam hoje sessenta anos sobre a morte do escritor e professor Sebastião da Gama.

A propósito deste autor português, pode ler-se na WIKIPÉDIA:

" Sebastião Artur Cardoso da Gama (Vila Nogueira de Azeitão, 10 de abril de 1924 — Lisboa, 7 de fevereiro de 1952) foi um poeta e professor português,
Sebastião da Gama licenciou-se em Filologia Românica, pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, em 1947.

Foi professor em Lisboa, na Escola Industrial e Comercial Veiga Beirão, em Setúbal, na Escola Industrial e Comercial e em Estremoz, na Escola Industrial e Comercial local.

Colaborou nas revistas Árvore e Távola Redonda.

A sua obra encontra-se ligada à Serra da Arrábida, onde vivia e que tomou por motivo poético de primeiro plano (desde logo no seu livro de estreia, Serra-Mãe, de 1945), e à sua tragédia pessoal motivada pela tuberculose.

Foi fundador da Liga para a Protecção da Natureza em 1948.

O seu Diário, editado postumamente, em 1958, é um interessantíssimo testemunho da sua experiência como docente e uma valiosa reflexão sobre o ensino.

Faleceu vitima de tuberculose renal, de que sofria desde adolescente."

Dos muitos poemas do escritor, um dos mais conhecidos, publicado postumamente:
PELO SONHO É QUE VAMOS

Pelo sonho é que vamos,
comovidos e mudos.
Chegamos? Não chegamos?
Haja ou não haja frutos,
pelo sonho é que vamos.
Basta a fé no que temos,
basta a esperança naquilo
que talvez não teremos.
Basta que a alma demos,
com a mesma alegria
ao que desconhecemos
e ao que é do dia-a-dia.
Chegamos? Não chegamos?

No fundo documental da Biblioteca Escolar Madalena Sotto há quatro documentos do escritor...

Dia da Internet Segura

Página inicial da apresentação que está a ser projetada na televisão da Biblioteca




Hoje, dia 7 de fevereiro, é o Dia da Internet Segura. Este dia serve, antes de mais, para relembrar a todos, Alunos, Professores e Pais e Encarregados de Educação que a Internet é um meio com enormes potencialidades para se procurar e partilhar informação, mas por isso mesmo é preciso um cuidado redobrado, para que essa informação não seja usada de forma a penalizar o seu utilizador.


Na Biblioteca Escolar Madalena Sotto, o dia vai ser marcado pela passagem dum diaporama, construído com base em tiras de Banda Desenhada, publicados no sitio seguranet.pt e que alertam os jovens (e os menos jovens também) para alguns dos perigos que se corre ao usar a comunicação digital sem regras ...




Mais informações podem ser encontradas em seguranet.pt, em internetSegura.pt ou então aqui.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Noutros tempos ...

Numa recente arrumação a alguns armários existentes na Biblioteca foi encontrado um livro, aberto em 1975, onde encontrámos estas preciosidades ...

Outros tempos!
A capa do livro e o texto ...

Comunidade de Leitores [ 1 ]

O Clube da Biblioteca vai promover mais uma sessão da Comunidade de Leitores. É já na próxima quinta-feira, dia 9 de fevereiro, pelas 17 horas na Biblioteca e o tema é a Música!

Parafraseando Zeca Afonso, Participa e Trás um Aluno Também!

O cartaz / convite para a atividade do Clube da Biblioteca

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Ainda a propósito do Dia Mundial da Liberdade

No passado dia 23 de janeiro, publicámos no blogue uma entrada que dava conta duma pequena exposição de trabalhos de alunos do décimo ano, sobre LIBERDADE realizados no âmbito da disciplina de Filosofia, com a docente Carla Gouveia.

Hoje, voltamos ao tema. Seis dos trabalhos expostos são aqui divulgados ...


Semana da Leitura 2012 [ 1 ]

A Semana da Leitura 2012, aproxima-se a passos largos. Falta pouco mais de um mês para o seu início e os preparativos intensificam-se. É o caso da recolha de materiais para a Exposição "Eles Andam por Aí" ...

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Fundo documental continua a aumentar ...

Chegaram hoje mais uns quantos livros para o fundo documental da Biblioteca. Na sequência da nossa participação no Concurso de Presépios organizado pela Biblioteca Municipal Ferreira de Castro e do primeiro lugar que o presépio da Escola alcançou na categoria B, foram adquiridos os livros que as imagens documentam ...









José Afonso, autor do mês de fevereiro [2]

Aspeto geral da exposição evocativa do autor de fevereiro
Para celebrar o autor do mês de fevereiro, José Afonso, o Zeca, foi montada uma pequenina exposição alusiva ao Cantor e Poeta.

Como o fundo documental da BEMS, sobre o autor é muito reduzido, recorremos ao empréstimo interbibliotecário, com a Biblioteca Municipal Ferreira de Castro e ao apoio da professora Casimira Albuquerque e dos professores Mário João e Norberto Martins que emprestaram LP's.

Com, esse material e com um texto retirado da WIKIPEDIA, montámos um pequeno espaço, junto ao balcão de atendimento.

Para assinalar o primeiro dia do mês, há também a música do Zeca, que está a passar em fundo ...